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quinta-feira, 12 de maio de 2016

NOTA DE REPÚDIO


O PCdoB Poços de Caldas, através de sua Direção Municipal, repudia o golpe contra a democracia e a Constituição perpetrado pelas forças reacionárias e entreguistas deste país, que insolentemente desrespeitam o desejo soberano de 54,5 milhões de brasileiros que conduziram Dilma Rousseff à Presidência da República Federativa do Brasil. 
Jamais reconheceremos o governo ilegítimo do usurpador Michel Temer, conduzido a uma mandato interino por apenas 367 deputados e 55 senadores!
A manobra em execução visa desmontar a CLT, achincalhar os trabalhadores, interromper o ciclo de valorização permanente do salário mínimo, destruir a Petrobrás e entregar nosso petróleo, e demais recursos naturais, à voracidade das multinacionais, privatizar as empresas estatais, mercantilizar a educação e a saúde, cessar a implementação de uma política de valorização, financiamento e inovação nas áreas de Ciência e Tecnologia, bem como na de Defesa Nacional, criminalizar os movimentos sociais e, principalmente, destruir um projeto nacional, soberano e progressista, subordinando o Brasil aos interesses das grandes potências e do capital financeiro transnacional - os golpistas querem, na verdade, solapar a democracia e os avanços alcançados pelo povo brasileiro.
A ilegitimidade do governo Temer enfrentará a oposição organizada dos trabalhadores, dos movimento sociais, dos democratas e progressistas de todo o país - em Poços de Caldas não será diferente.
Conclamamos a todos que acreditam e defendem o estado democrático de direito a lutar contra o golpe em curso - nossa apatia nesse momento crucial comprometerá o futuro da nossa nação e das gerações vindouras.
Lute contra o golpe!

Direção Municipal do Partido Comunista do Brasil
Poços de Caldas, 12 de maio de 2016 

quinta-feira, 28 de abril de 2016

Programa do PCdoB diz não ao golpe e denuncia plano Temer-Cunha

Chamada programa PCdoB


A propaganda do Partido Comunista do Brasil (PCdoB) que vai ao ar nesta quinta-feira (28), em rede nacional de rádio e televisão, denuncia o que está por trás da farsa do impeachment contra a presidenta Dilma Rousseff e destaca que o golpe põe fim a uma das maiores conquistas dos brasileiros nos últimos tempos: a democracia. 



Em pouco menos de 10 minutos, o PCdoB descreve os motivos que levaram os comunistas a se levantarem contra o golpe e fazerem a defesa do governo da presidenta Dilma Rousseff, eleita pelo voto popular, projeto escolhido pela maioria dos brasileiros nas urnas e ressalta que não há provas que a presidenta Dilma tenha cometido qualquer crime.


A propaganda traça ainda cronologia do golpe, montada logo após a derrota dos tucanos nas eleições de outubro de 2014.

“Este processo de impeachment foi forjado pela oposição, derrotada nas urnas, em conluio com o vice-presidente Michel Temer e o presidente da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha para tomar o poder de um governo popular e progressista”, denuncia uma das falas no programa. 

Contra o golpe, vamos defender a democracia

Além da presidenta nacional do PCdoB, deputada Luciana Santos, participam ainda da propaganda, o ministro da Defesa, Aldo Rebelo, o governador do Maranhão, Flávio Dino, a senadora Vanessa Grazziotin, os deputados federais, Daniel Almeida (BA), Jandira Feghali (RJ) e Orlando Silva (SP). 

As lideranças dos movimentos de juventude e dos trabalhadores, Carina Vitral (presidenta da UNE) e Adilson Araújo, (presidente da CTB), também fazem a defesa da democracia e dizem não ao golpe no Brasil. A cantora Leci Brandão, deputada do PCdoB de São Paulo, completa o time de comunistas que apresentam o histórico de coragem e coerência do PCdoB que ao longo dos 94 anos de luta, sempre esteve do lado do trabalhador.

A verdade sobre o governo Temer-Cunha

Apresentando o plano de governo dos golpistas, o PCdoB denuncia que ele põe fim às principais conquistas sociais e trabalhistas da população, mudando leis e normas constitucionais que prejudicam a classe trabalhadora e beneficia apenas o sistema financeiro e a elite brasileira.

A propaganda aponta quais são as questões mais prejudiciais à classe trabalhadora descritas no plano Temer-Cunha, como acabar com a política de reajuste real e anual do salário mínimo; criar lei que aumenta a idade mínima para aposentadoria e o tempo de contribuição; cortar os programas sociais; retomar as privatizações, concedendo à iniciativa privada o controle de toda logística e infraestrutura do país; a entrega do petróleo do Brasil e as riquezas do pré-sal aos interesses estrangeiros.

Com isso, o PCdoB esclarece que não foi este o plano de governo que venceu as últimas eleições presidenciais. E teme que o povo seja sacrificado em nome da crise financeira mundial.


Com estas denúncias e com as inúmeras imagens das manifestações pela democracia, o intuito dos comunistas é conclamar a população a se levantar contra o golpe e defender nas ruas seus direitos.

quarta-feira, 20 de abril de 2016

Conheça 55 ameaças aos seus direitos em tramitação no Congresso Nacional

Autor: Leonardo Sakamoto

O Brasil passa por um período sombrio [com] o pior Congresso Nacional de todos os tempos. Neste momento, enquanto você toma seu café, o parlamento está aprovando leis que retiram, à luz do dia, direitos de trabalhadores, mulheres, populações tradicionais, minorias.
Tenho dito que se a Câmara dos Deputados, que tem à frente Eduardo Cunha, se esforçar, pode nos levar de volta ao Brasil Colônia em quatro anos. Quiçá revogando, por fim, o voto feminino, a República e a Lei Áurea.
A assessoria do Departamento Intersindical de Assessoria Parlamentar (Diap)  realizou um levantamento das principais matérias tramitando no Congresso Nacional que, segundo a instituição, são uma ameaça à democracia e aos direitos conquistados ao longo de nossa história. Muitas delas têm sido vendidas aos cidadãos como instrumentos para o desenvolvimento, como pontes para o futuro. Quando, na verdade, não são nada além de um túnel direto ao passado.
Segue a lista, com os números das proposições para você acompanhar no site da Câmara dos Deputados e do Senado Federal.
a) Você, trabalhador e trabalhadora
1. Regulamentação da terceirização sem limite permitindo a precarização das relações de trabalho
(PL 4302/1998 – Câmara, PLC 30/2015 – Senado, PLS 87/2010 – Senado)

2. Redução da idade para início da atividade laboral de 16 para 14 anos
(PEC 18/2011 – Câmara);

3. Instituição do Acordo extrajudicial de trabalho permitindo a negociação direta entre empregado e empregador
(PL 427/2015 – Câmara);

4. Impedimento do empregado demitido de reclamar na Justiça do Trabalho
(PL 948/2011 – Câmara e PL 7549/2014 – Câmara);

5. Suspensão de contrato de trabalho
(PL 1875/2015 – Câmara);

6. Prevalência do negociado sobre o legislado nas relações trabalhistas
(PL 4193/2012 – Câmara);

7. Prevalência das Convenções Coletivas do Trabalho sobre as Instruções Normativas do Ministério do Trabalho
(PL 7341/2014 – Câmara);

8. Livre estimulação das relações trabalhistas entre trabalhador e empregador sem a participação do sindicato
(PL 8294/2014 – Câmara);

9. Regulamentação do trabalho intermitente por dia ou hora
(PL 3785/2012 – Câmara);

10. Estabelecimento do Código de Trabalho
(PL 1463/2011 – Câmara);

11. Redução da jornada com redução de salários
(PL 5019/2009 – Câmara);

12. Vedação da ultratividade das convenções ou acordos coletivos
(PL 6411/2013 – Câmara);

13. Criação de consórcio de empregadores urbanos para contratação de trabalhadores
(PL 6906/2013 – Câmara);

14. Regulamentação da emenda constitucional 81/2014, do trabalho escravo, com supressão da jornada exaustiva e trabalho degradante das penalidades previstas no Código Penal
(PL 3842/2012 – Câmara, PL 5016/2005 – Câmara e PLS 432/2013 – Senado);

15. Estabelecimento do Simples Trabalhista criando outra categoria de trabalhador com menos direitos
(PL 450/2015 – Câmara);

16. Extinção da multa de 10% por demissão sem justa causa
(PLP 51/2007 – Câmara e PLS 550/2015 – Senado);

17. Susta a Norma Regulamenta 12 sobre Segurança no Trabalho em Máquinas e Equipamentos
(PDC 1408/2013 – Câmara e PDS 43/2015 – Senado);

18. Execução trabalhista e aplicação do princípio da desconsideração da personalidade jurídica
(PL 5140/2005 – Câmara);

19. Deslocamento do empregado até o local de trabalho e o seu retorno não integra a jornada de trabalho
(PL 2409/2011 – Câmara);

20. Susta Norma Regulamentadora 15, do Ministério do Trabalho, que regula as atividades de trabalhadores sob céu aberto
(PDC 1358/2013 – Câmara);

21. Susta as Instruções Normativas 114/2014 e 18/2014, do Ministério do Trabalho, que disciplinam a fiscalização do trabalho temporário
(PDC 1615/2014 – Câmara);

22. Estabelecimento da jornada flexível de trabalho
(PL 2820/2015 – Câmara e PL 726/2015 – Câmara);

23. Estabelecimento do trabalho de curta duração
(PL 3342/2015 – Câmara);

24. Transferência da competência para julgar acidente de trabalho nas autarquias e empresas públicas para a Justiça Federal
(PEC 127/2015 – Senado);

25. Aplicação do Processo do Trabalho, de forma subsidiária, as regras do Código de Processo Civil
(PL 3871/2015 – Câmara);

26. Reforma da execução trabalhista
(PL 3146/2015 – Câmara).

b) O petróleo é nosso?
27. Fim da exclusividade da Petrobras na exploração do pré-sal
(PL 6726/2013 – Câmara);

28. Estabelecimento de que a exploração do pré-sal seja feita sob o regime de concessão
(PL 6726/2013);

c) Gestão da coisa pública
29. Estabelecimento de independência do Banco Central
(PEC 43/2015 – Senado);

30. Privatização de todas as empresas públicas
(PLS 555/2015 – Senado);

31.Proibição de indicar dirigente sindical para conselheiros dos fundos de pensão públicos
(PLS 388/2015 – Senado);

d) Garantia do mínimo de dignidade 
32. Estabelecimento do Código de Mineração
(PL 37/2011 – Câmara);

33. Demarcação de terras indígenas
(PEC 215/2000);

34. Cancelamento da política de Participação Social
(PDS 147/2014 – Senado);

35. Alteração do Código Penal sobre a questão do aborto, criminalizando ainda mais as mulheres e profissionais de saúde
(PL 5069/2013 – Câmara);

36. Retirada do texto das políticas públicas do termo “gênero'' e instituição do Tratado de San José como balizador das políticas públicas para as mulheres. É um total retrocesso para todo ciclo das políticas
(MPV 696/2015 – Senado);

37.Instituição do Estatuto do Nascituro – provavelmente maior ameaça aos direitos sexuais e reprodutivos das mulheres. Seria concretizada a criminalização generalizada das mulheres, inviabilizando, inclusive, o aborto previsto no Código Penal
(PL 478/2007 – Câmara);

38. Instituição do Estatuto da Família – retrocesso para grupos LGTBs e mulheres: não reconhecimento como família – ficam fora do alcance de políticas do Estado
(PL 6583/2013 – Câmara);

39. Redução da maioridade penal
(PEC 115/2015 – Senado);

40. Flexibilização do Estatuto do Desarmamento
(PL 3722/2012 – Câmara);

41. Estabelecimento de normas gerais para a contratação de parceria público-privada para a construção e administração de estabelecimentos penais
(PLS 513/2011 –Senado);

42. Aumento do tempo de internação de adolescentes no sistema socioeducativo
(PLS 2517/2015 – Senado);

43. Atribuição à Comissão de Constituição e Justiça e de Cidadania do exame do mérito das Propostas de Emenda à Constituição (PEC), acabando com as comissões especiais
(PRC 191/2009 – Câmara);

44. Alteração da Constituição para que entidades de cunho religioso possam propor Ações de Constitucionalidade perante o STF
(PEC 99/2001 – Câmara).

e) Concentração de terra e questões agrárias
45. Substitutivo apresentado na CAPADR estabelece a inexigibilidade do cumprimento simultâneo dos requisitos de “utilização da terra” e de “eficiência na exploração” para comprovação da produtividade da propriedade rural
(PL 5288/2009 – Câmara);

46. Alteração da Lei 5.889/1973, que estatui normas reguladoras do trabalho rural, e a Lei 10.101/2000, que dispõe sobre a participação dos trabalhadores no lucro ou resultados da empresa, visando a sua adequação e modernização
(PLS 208/2012 – Senado);

47. Alteração da Lei no 1.079/1950, para definir como crime de responsabilidade de governador de Estado a recusa ao cumprimento de decisão judicial de reintegração de posse
(PLS 251/2010 – Senado);

48. Alteração da Lei 8.629/1993, para dispor sobre a fixação e o ajuste dos parâmetros, índices e indicadores de produtividade
(PLS 107/2011 – Senado);

49. Regulamentação da compra de terra por estrangeiros
(PL 4059/2012 – Câmara e PL 2269/2007 – Câmara);

50. Alteração da Lei de Biossegurança para liberar os produtores de alimentos de informar ao consumidor sobre a presença de componentes transgênicos quando esta se der em porcentagem inferior a 1% da composição total do produto alimentício
(PLC 34/2015 – Senado).

f) Direitos do serviço público
51. Dispensa do servidor público por insuficiência de desempenho
(PLP 248/1998 – Câmara);

52. Instituição de limite de despesa com pessoal
(PLP 1/2007 – Câmara);

53. Criação do Estatuto das Fundações Estatais
(PLP 92/2007 – Câmara);

54. Regulamentação e retirada do direito de greve dos servidores
(PLS 710/2011 – Senado; PLS 327/2014 – Senado; e PL 4497/2001 – Câmara); e

55. Extinção do abono de permanência para o servidor público
(PEC 139/2015 – Câmara).

Impeachment é golpe de Estado imoral, diz Sebastião Salgado

Em entrevista para a Rádio França Internacional, nesta terça-feira (19), o renomado fotógrafo brasileiro Sebastião Salgado afirmou que o processo de impeachment contra a presidenta Dilma é um "golpe de estado imoral". Ressaltou ainda que o Brasil tem uma imprensa de direita que combate as ações do PT. Para ele, o julgamento política faz parte de uma revanche política de uma classe política corrupta que quer voltar ao poder. 

Sebastião Salgado é um dos maiores fotógrafos da atualidade
Leia a entrevista na íntegra: 

Vamos falar primeiramente do Brasil, um país atualmente dividido. De qual lado você está?

Com certeza não estou do lado que deu um golpe de estado. A esquerda chegou ao poder com uma proposta interessante. Durante 400 anos tivemos apenas uma classe dominante no comando do país e, nos últimos 13 anos, houve uma verdadeira redistribuição de renda. São mais de 40 milhões de brasileiros que estavam abaixo da linha da pobreza e que passaram à classe média. Há políticas sociais muito mais interessantes que antes, mas a elite que perdeu o poder tenta voltar de todas as maneiras. Temos uma imprensa de direita que combate o PT. Não sou filiado ao partido, mas não concordo que se elimine a democracia no Brasil através de um golpe de estado imoral.

Você acha que se trata de uma revanche política?

Totalmente. Além disso, a classe que quer voltar ao poder é a classe mais corrupta que podemos imaginar. No mandato anterior de Dilma, houve 1.200 processos contra a corrupção.

O PT mantém suas promessas sociais? O país realmente foi transformado?

O PT não estava realmente pronto para promover mudanças das dimensões propostas. Havia uma base do partido que era corrupta e que teve o mesmo comportamento dos outros partidos. Temos também que cobrar o PT. Mas o balanço é o mais positivo que o Brasil já teve.

O que nós choca aqui na França quando escutamos o termo "golpe de estado" é que não faz muito tempo que o Brasil passou por uma ditadura. É legítimo falar de golpe?

Poderíamos usar outro termo, mas parece um golpe. Estão tentando destituir um governo legítimo e democrático, é a primeira etapa de uma grande luta.

O que você achou do Prêmio Pulitzer dado a fotos de refugiados (dividido entre a agência de notícias Reuters e o jornal New York Times, este com fotos do brasileiro Mauricio Lima)?

Dizem que o fotojornalismo está morto, não é verdade. Ele conta a história. O que eu vejo nessas fotos é o espelho de uma sociedade. Hoje falamos muito de correntes migratórias como se fosse algo novo. Mas elas sempre existiram: a única diferença é que agora elas chegam à Europa. A história é exatamente a mesma.

A história é a mesma, e os dramas humanos continuam. A originalidade das suas fotos é o preto e branco. Por que essa escolha?

Nunca fotografei em cores. A cor provoca uma perda de concentração no momento de fotografar. Podemos dar poder e dignidade com o preto e branco. Desde 1980, trabalho com essa estética.


segunda-feira, 18 de abril de 2016

Sobre a votação de domingo [Velório Mexicano]

Por Flávia Couto Basso*

Eu votei na Dilma e quero que o meu voto, assim como o voto de 54 milhões de brasileiros, seja respeitado, até o termino do mandato. Os 342 votos do parlamento não podem valer mais que os votos das urnas.
Eu não assisti uma votação dos parlamentares do Congresso. O que eu assisti foi, sem dúvida nenhuma, um espetáculo, com cenário, palco, autor coadjuvante, mocinho e ladrão. Assisti a uma peça histórica do passado que é presente.
Alega-se que a Presidenta Dilma não tem mais credibilidade para governar. Porque a mentira ensaiada e introjetada virou “verdade absoluta”, se ela não tem credibilidade, quanto menos terá o restante do elenco.
Assisti a uma peça de comédia na qual um réu presidia a sessão. A personagem principal deste julgamento é inocente e não foi encontrada nenhuma prova contra seu suposto “crime”, mas ela possui algo que foi conquistado às duras penas, com muita luta coragem e resistência.
Então, ao escreverem o script, tiveram a brilhante ideia de “roubarem” a qualquer preço, aquilo que não os pertencem – de tomar um lugar que jamais será desse réu.
E os vilões ensaiaram caras e bocas para posar de “santo justiceiro”, porém, sanguinários, desejavam usurpar a democracia, violando a Constituição, desrespeitando e agindo conforme seus impulsos, com total insanidade. Todos admiravam ao espetáculo, principalmente a plateia contratada para bater palmas.
Uma Câmara repleta de denúncias, presidida por um sociopata, usando escrachadamente o povo. Gados marcados, alegres e sorridentes, caminhavam juntos em direção à escravidão. Porque esse é o resultado da ignorância: Escravidão.
Deputados (representantes do povo) votando contra a democracia, um show midiático sensacional, recheado de bandidos surrupiando a soberania do voto.
Você não aprova a gestão da Dilma? Tudo bem! Em 2018, vota em outro. Até lá, respeite quem está no poder. O “sim” ao impeachment da Presidenta é o “não” a democracia. Não acredito que aquele povo todo, que estava nas ruas no domingo, favorável ao impedimento não faça essa leitura, não percebam que estão sendo usados como massa de manobra.
Mas, o lado positivo do espetáculo é a oportunidade para o povo aprender a votar na eleição proporcional. Ninguém dá a devida importância a um simples voto para o legislativo e, na somatória dos votos, se constrói a pior bancada da história. Um congresso envergonhoso, corrupto e aplaudido. Talvez seja por isso que cada povo tem o representante que merece. O “sim” dos deputados representa o “sim” das ruas.
Os representantes votaram pela família, pelo cachorro, pelo papagaio, pelos netos, votou em nome de Deus, do cristianismo, em nome de entidades, etc. Em nota, publicará o sucesso do espetáculo e com ela o clichê: “Tchau, querida!” e em festa o velório da democracia, que já vinha sendo preparado, em estilo mexicano.
Traduzindo o pensamento dos golpistas: “Se a Dilma cair, cai o Lula e o PT; Assim o Lula não disputa 2018. A Dilma caindo, o Michel Temer assume e arquiva as investigações da Lava-jato. Com a queda do governo Dilma, tomamos o poder e enterramos a democracia. Estaremos salvos e seguros, à moda da casa. Manobra da cúpula para se livrarem da cadeia.”
Todo mundo quer fazer parte dessa história, eu também, por isso, eu sou a favor da democracia. Eu não caio em maracutaias, não achei minha ideologia na lata do lixo.
Resisti-vos!

Termino com o pensamento de Bertolt Brecht: “[…] O analfabeto político é tão burro que se orgulha e estufa o peito dizendo que odeia a política. Não sabe o imbecil que, da sua ignorância política, nasce a prostituta, o menor abandonado, e o pior de todos os bandidos, que é o político vigarista, pilantra e corrupto.” E por favor, não batam palmas para isso.
*Brasileira